Pensamento vem de fora
e pensa que vem de dentro,
pensamento que expectora
e que no meu peito penso.
Pensamento a mil por hora
tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
sem o meu consentimento?
Se tudo que comemora
tem o seu impedimento,
se tudo aquilo que chora
cresce com o seu fermento;
pensamento, dê o fora,
saia do meu pensamento.
Pensamento, vá embora,
desapareça no vento.
E não jogarei sementes
em cima do seu cimento.
e pensa que vem de dentro,
pensamento que expectora
e que no meu peito penso.
Pensamento a mil por hora
tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
sem o meu consentimento?
Se tudo que comemora
tem o seu impedimento,
se tudo aquilo que chora
cresce com o seu fermento;
pensamento, dê o fora,
saia do meu pensamento.
Pensamento, vá embora,
desapareça no vento.
E não jogarei sementes
em cima do seu cimento.
Arnaldo Antunes
2 comentários:
Arnaldo Antunes o poeta poliglota da palavra: vivo, em movimento e curto! Certeiro!
Oi! Quanto tempo!! Só agora consegui recuperar o meu blog, mas ainda não recuperei os seguidores... Se ainda estiver a fim de ler os meus devaneios, aparece lá! Beijão!!
http://oav3sso.blogspot.com
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